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Algarve com história

O nome

O nome "Algarve" é de origem árabe e provém de "al-Gharb al-Ândalus" nome dado ao actual Algarve e baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando "Andaluz Ocidental", pois era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana.



A ocupação árabe na Península Ibérica

As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por al-gharb al-Andalus (em árabe: الغرب الأندلس) eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o centro islâmico da cultura, ciência e tecnologia.

Nessa altura, a principal cidade da região era Silves, que, quando foi conquistada pelo rei D. Sancho I, dizia-se ser cerca de 10 vezes maior e mais fortificada que Lisboa.

O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistado aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249.


Conquista portuguesa

Segundo alguns documentos históricos, a conquista definitiva do Algarve aos mouros neste reinado, nomeadamente a tomada da cidade de Faro, foi feita de forma relativamente pacífica.

No entanto, apenas em 1267 - no tratado de Badajoz - foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português, devido a pretensões do Reino de Castela. Curiosamente, o nome oficial do reino resultante seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados.

A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade os Romanos consideravam no sudoeste da península Ibérica a região do Cabo Cúneo - que ia desde Mértola por Vila Real de Santo António até à enseada de Armação de Pêra - e a região do Promontório Sacro - que abrangia o restante do Algarve.

O primeiro-ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal tentou efectuar uma divisão, nunca reconhecida pelo Papado Romano, da diocese de Faro em dois bispados: Faro e Vila Nova de Portimão. O limite entre eles era a ribeira de Quarteira e o seu prolongamento em linha recta até ao Alentejo.